Apesar de serem voltadas para garantir a confiabilidade e a capacidade de recuperar aquivos, muitas políticas de backup não incluem estratégias para manter os arquivos dos usuários em um ambiente confiável. A empresa deve não só ter uma preocupação em manter cópias daquilo que for relevante para as suas operações, mas também garantir que tais registros sejam armazenados em um local confiável. Nesse sentido, uma das estratégias utilizadas é o backup em RAID.
Essa tecnologia aumenta a confiabilidade de registros digitais e permite o acesso mais rápido a dados privados.
O que é RAID?
RAID é a sigla para Redundant Array of Independent Disks (ou Conjunto Redundante e Independente de Discos, em tradução livre), uma forma de armazenar dados em várias unidades de armazenamento. Essa técnica é dividida entre 11 categorias, das quais 10 são voltadas para a redundância das informações, enquanto uma possui foco em atingir velocidades elevadas para escrita e leitura de bytes. Em todas elas, o usuário utiliza mais de um disco rígido para armazenar informações relvantes.
O uso do RAID pode ter diferentes objetivos. Empresas adotam essa estratégia para ampliar a velocidade de leitura e gravação de dados (imagine as informações circulando em várias vias ao invés de apenas uma), aumentar a confiabilidade de seus sistemas de armazenamento ou mesmo mesclar as duas opções.
Como funciona o RAID?
O RAID nada mais é do que uma tecnologia de virtualização para a combinação de diferentes discos rígidos em uma única estrutura lógica. Para o sistema operacional, o sistema RAID é visto como uma única unidade, independente do número de HDs e SSDs que estejam conectados à placa mãe.
Nas diferentes categorias do RAID, a informação pode ser armazenada em duas formas: quando busca-se aumento de performance – os dados são “divididos” entre os discos, reduzindo o tempo necessário para gravar ou ler algo – e para aumentar a confiabilidade, que é baseada no espelhamento dos arquivos entre múltiplas unidades. Como consequência, falhas nos HDs não implicarão na perda de informações.
Em que consiste o sistema?
Como dito anteriormente, RAID é composto por 11 diferentes tipos de arranjos, que variam conforme os objetivos do usuário. São eles:
RAID 0
Essa organização é voltada para a maximização da performance sem preocupação com a redundância dos dados. Os arquivos são lidos e armazenados em todos os discos simultaneamente, enquanto os bytes são divididos entre cada unidade.
Nesse caso, é executado um processo chamado striping durante a manipulação dos arquivos. Ele consiste na divisão dos dados em pequenos blocos, aumentando a velocidade de leitura e escrita drasticamente.
A ausência de redundância prejudicará, gravemente, o usuário se erros ocorrerem em alguma unidade do sistema. Como os arquivos estão distribuídos entre vários discos, um problema implicará na perda da informação em todos os HDs do RAID 0.
RAID 1
Também conhecido como espelhamento de discos, o RAID 1 consiste no uso em conjunto de ao menos dois discos, como se eles fossem um só. Nesse caso, os dados armazenados são duplicados entre as duas unidades.
No RAID 1, o tempo de leitura de arquivos tende a ganhar um aumento de performance. Caso um HD esteja ocupado com alguma operação, o outro pode ser acionado automaticamente, uma vez que os dados são replicados continuamente. Por outro lado, não há mudança na velocidade de escrita.
O RAID 1 é voltado para ambientes que necessitam de um ganho de performance na velocidade de leitura e, ao mesmo tempo, mais confiabilidade no armazenamento de registros. Se uma unidade parar de funcionar, a outra é acionada automaticamente, eliminando as chances de uma informação ser removida indevidamente. Entretanto, ele só deve ser implementado com um número par de discos.
RAID 4
O RAID 4 é utilizado em conjuntos com três ou mais unidades de disco. Nesse caso, o espalhamento é feito em todas as unidades, mas com uma delas sendo reservada para manter a paridade das informações dos usuários. Isso dá mais segurança em casos de erros de leitura e escrita, uma vez que os registros serão recuperados com mais agilidade.
Ao mesmo tempo, o RAID 4 permite a leitura e escrita de dados em velocidade maior quando comparado com o RAID 3 e RAID 2: uma operação de I/O exige apenas que um disco seja lido, permitindo a execução de mais operações simultaneamente.
RAID 5
O RAID 5 é uma evolução do RAID 4, utilizando um sistema de controle de paridade mais eficiente. Nesse caso, abandona-se o uso de uma unidade exclusiva para o armazenamento dos dados. Assim, caso alguma unidade falhe, o tempo necessário para recuperar o arquivo é diminuído drasticamente.
RAID 10
O RAID 10 combina as características do RAID 0 e do RAID 1 para fornecer ótimas velocidades de leitura e escrita, além de alta confiabilidade. Ele pode ser feito de duas maneiras:
RAID-0+1: em que os dados são divididos entre múltiplas unidades e só então replicados.
RAID-1+0: em que as informações são espelhadas e os espelhos “divididos” no processo de gravação e leitura.
Os RAID 2, 3, 6, e o RAID 7 são categorias que não estão mais em grande uso. OS dois primeiros exigem tecnologias que estão desatualizadas ou se destacam por possuírem funções já disponíveis nos HDs tradicionais. Já o RAID 6 é semelhante ao RAID 5 e o RAID 7 foi substituído por opções mais econômicas.
Quais são as vantagens do backup em RAID?
O backup em RAID traz grandes vantagens para o negócio. A empresa terá informações mais confiáveis, que podem ser salvas em um ambiente protegido contra falhas de hardware e software. Além disso, a velocidade de leitura é ampliada, diminuindo o tempo necessário para o acesso a dados.
Em políticas de backup, tais fatores são cruciais. Quando problemas em sistemas críticos ocorrem, a empresa deve possuir meios para recuperar os seus registros em um prazo curto, diminuindo a indisponibilidade de seus sistemas internos. Assim, o impacto causado pelas falhas será o menor possível.
Você já trabalhou com alguma infraestrutura que possua o RAID em uma de suas máquinas? Qual era a categoria utilizada? Compartilhe o post no seu Facebook com a sua opinião!